Alguns livros proibidos que você precisa ler
No século XIX, Edgar Allan Poe escreveu o conto "O Demônio da Perversidade".
O demônio em questão é uma espécie de sensação responsável por causar certos impulsos autodestrutivos. Em suma, é o desejo incontrolável de fazer algo que não deve, simplesmente por saber que é proibido.
É claro que nenhuma dessas obras continua sendo censurada, mas de
qualquer forma, o fato de um dia terem sido consideradas uma ameaça à
ordem vigente e ter causado preocupação nas autoridades já é um impulso a
mais.
“Alice no País das Maravilhas” – Os personagens absurdos e adoráveis do autor britânico Lewis Carroll,
que chegaram às prateleiras das livrarias em 1865, estão no imaginário
das crianças de todo o mundo, com a possível exceção da China. Lá do
outro lado do mundo, o livro do matemático que narra os encontros e
diálogos da protagonista Alice com o coelho apressado, o gato de
Cheshire, a lagarta fumante e toda sorte de personagens fantásticos, foi
banido por dar aos animais as mesmas qualidades que os homens e
colocá-los no mesmo nível.
“Admirável Mundo Novo” – Aldous Huxley lançou,
em 1932, uma ficção científica passada em um hipotético futuro onde as
pessoas têm seus destinos definidos biologicamente, não há o conceito de
família e o sexo é algo amplamente encorajado. Clássico ou não, este
tipo de sinopse não agrada alguns pais dos EUA, que fizeram o livro ser
banido de bibliotecas municipais por “dar a impressão de que o sexo
promíscuo é legal.”
“Caçadas de Pedrinho” – As aventuras da turma do Sítio
do Pica-pau Amarelo sempre foram usadas na escola para despertar o
interesse dos alunos pela leitura, pelo folclore e pela história do
Brasil. Recentemente, no entanto, o Conselho Nacional de Educação tentou
boicotar o livro “Caçadas de Pedrinho”, lançado em 1933, por ter
passagens racistas. O processo ainda não deu em nada, mas alguns
professores não desistiram de censurar esta e outras obras de Monteiro Lobato.
“A Revolução dos Bichos” – O escritor britânico George Orwell mostrou
a sua decepção com a antiga União Soviética de forma cômica neste livro
lançado em1945. Alguns anos depois, a obra do autor foi banida das
bibliotecas na década de 60 e voltou a ser protestada em 1980, sob a
acusação de ser pró-comunista. E a perseguição prossegue: em 2002, o
livro foi retirado das escolas dos Emirados Árabes sob a acusação de
conter elementos que vão contra os valores islâmicos e árabes.
“O Diário de Anne Frank” – Em um diário mantido no
esconderijo, a menina judia de 13 anos relata seu cotidiano, suas
dúvidas e descobertas adolescentes enquanto tenta escapar, com a família
e amigos, da perseguição nazista em Amsterdã, na Holanda. O documento é
das maneiras mais sensíveis e autênticas de retratar o sofrimento dos
judeus perseguidos pelo Holocausto. Mesmo assim, teve gente que
conseguiu implicar com “O Diário de Anne Frank”, lançado pelo pai de
Anne, Otto,- o único da família que escapou dos campos
de concentração - em 1947. O título está entre os livros protestados nos
EUA por tratar de temas como sexualidade e homossexualidade.
“O Apanhador no Campo de Centeio” – O clássico de J. D. Salinger foi lançado em 1951 e se tornou o queridinho dos adolescentes. A história de Holden Caulfield,
o garoto rebelde que foge do colégio interno para passar alguns dias
fazendo o que bem entende em Nova York, no entanto, não agradou tanto os
pais e logo se tornou alvo de protestos. As acusações? Linguagem chula,
prostituição e, supostamente, incitar a rebeldia. Algumas bibliotecas
do interior dos EUA tiveram que retirar as cópias de “O Apanhador”
de suas prateleiras. Se tornou leitura obrigatória e transformou o
recluso autor, que desde o sucesso do livro se escondeu do público - até
sua morte, em janeiro de 2012 - em uma lenda.
“Fahrenheit 451” – Ray Bradbury publicou
o romance, em 1953, narrando uma sociedade em que um governo
totalitário mandava queimar todos os livros do mundo. Ironicamente, esse
foi mesmo o destino de alguns exemplares de “Fahrenheit 451”. Desde a
época do lançamento até hoje, o título figura na lista de livros banidos
em algumas bibliotecas do mundo por fazer referência ao consumo de
drogas e violência.
“Lolita” – O russo Vladimir Nabokov não
teve medo de ousar ao lançar este livro em1955. A história de um
professor que se apaixona pela enteada, de apenas 12 anos, fez o
clássico ser considerado na época uma obra obscena em países como a
França, Inglaterra, Argentina e Nova Zelândia. Ainda assim, ganhou duas
adaptações cinematográficas. Uma delas, de 1962, foi dirigida por
Stanley Kubrick. A outra, de 1997, tem o ator Jeremy Irons no papel do
professor e foi dirigida por Adrian Lyne.
“Lorax” – Lançada em1971, a história da criatura fofinha protetora do meio ambiente criada por Dr. Seuss não
caiu no gosto de algumas pessoas, e aparentemente o motivo do desagrado
seria puramente comercial. A história infantil foi censurada em uma
cidade na Califórnia por dar uma visão negativa sobre o desmatamento.
Isto não estaria de acordo com os interesses dos empresários do estado, o
principal dos EUA na indústria madeireira.
“Harry Potter” – A série de livros do “Harry Potter”,
publicados no ritmo de um por ano a partir de 1997, foi o maior fenômeno
moderno da literatura entre os adolescentes - e até entre gente mais
crescidinha. No total, os sete títulos de J.K. Rowling venderam
400 milhões de exemplares no mundo todo. Mas não é unanimidade a
afeição pelo mundo mágico de Rowling: nos Emirados Árabes Unidos, a
coleção foi censurada por, supostamente, incentivar a bruxaria. No
ocidente, a história dos alunos de Hogwarts foi alvo de protestos de
líderes religiosos do Brasil e, nos EUA, entrou na lista das obras que
receberam vetos. Algumas escolas mais conservadoras dos Estados Unidos
baniram a leitura dos livros em seus domínios. Mas o sucesso seguiu o
seu curso e os sete livros resultaram em oito filmes campeões de
bilheteria e arrecadação.
“As Vantagens de Ser Invisível” – Lançada em 1999, a obra do autor americano Stephen Chbosky,
de 42 anos, está há cinco anos consecutivos na lista de livros que
foram banidos ou protestados em bibliotecas americanas. O pecado de "As
Vantagens" é tratar abertamente de sexualidade e drogas. Ainda assim, o
título se tornou um best-seller, marcou a geração do fim dos anos 1990 e
ganhou, neste ano, um filme com Emma Watson, de “Harry Potter”, em seu elenco.
“Gossip Girl – Vai Sonhando” – Cecily Von Ziegesar fez
sucesso ao contar em volumes lançados a partir de 2002 a rotina dos
adolescente ricos e glamurosos de Nova York. O nono volume da coleção
"Gossip Girl" não foi considerado, no entanto, uma obra voltada para o
público jovem. Alguns pais pediram para o título ser banido das
bibliotecas por fazer referências a elementos como drogas e álcool, que,
segundo eles, são coisa de adulto.
“Crepúsculo” – A romântica - e sangrenta - história de amor entre a mortal Bella e o vampiro Edwardnão escapou do julgamento de pais americanos mais tradicionais. A série de livros de Stephanie Meyers,
lançada a partir de 2005, está na quinta posição do relatório anual de
livros proibidos nos EUA. Os romances da autora causam desconforto por,
supostamente, terem apelo sexual forte e por tratarem de assuntos
sobrenaturais.
“Jogos Vorazes” – Os best-sellers de Suzanne Collins,
lançados a partir de 2008, estão entre os desafetos de pais mais
tradicionais dos EUA. A trilogia foi alvo de muitos protestos por conter
elementos como violência, insensibilidade e linguagem ofensiva.
Ignorando o coro dos descontentes, a paixão pela história de Katniss continua forte. Até a estreia da adaptação para o cinema do primeiro livro, "Jogos Vorazes", estrelada por Jennifer Lawrence,
13 milhões de livros haviam sido vendidos. Depois da estreia, em março
de 2012, especula-se que tenham sido vendidos 23 milhões de exemplares
da trilogia no mundo todo. O filme já faturou R$ 1,3 bilhão no mundo
todo. A versão cinematográfica da segunda parte, "Em Chamas", estreia em
novembro de 2013.
Puxa que post bacana!
ResponderExcluiradorei as informações..!
faltam cinco livros para ler nessa lista..vou anotar como sugestões hehe
Beijos!
www.marinadelamonica.com.br
rsrs, obrigado !!!
ExcluirBjos
Só queria saber onde o diário de Anne Frank trata de homossexualidade...
ResponderExcluirMuito bom o post! Desses livros só li mais ou menos metade! Estou com Admirável Mundo Novo aqui pra ler e sempre tive muita vontade de ler os livros do Dr. Seuss! Que história absurda essa, não sabia.
ResponderExcluirTambém já fiz um post sobre livros censurados, se quiser dar uma olhada (:
Semana Anual de Livros Banidos
Estou te seguindo, gostei do blog (:
Beijos, Marina
Precisamos Falar Sobre Livros
Adorei seu blog, já tô seguindo ;D
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