Fim - Fernanda Torres [Resenha]


 http://indiqueumlivro.literatortura.com/wp-content/uploads/2013/12/29nov2013-fernanda-torres-promoveu-sessao-de-autografos-de-seu-primeiro-romance-fim-em-uma-livraria-do-rio-1385762368871_956x500.jpg

Cinco amigos cariocas. Cinco homens que estão à beira da morte e rememoram as passagens marcantes de suas vidas: festas, casamentos, separações, manias, inibições, arrependimentos.

São figuras muito diferentes, mas ao redor deles pairam mulheres neuróticas, amargas, sedutoras, desencanadas, descartadas, conformadas. Há graça, sexo, sol e praia nas páginas de Fim. Mas elas também são cheias de resignação e cobertas por uma tinta de melancolia.

http://www.outrapagina.com/blog/wp-content/uploads/2014/07/fernanda.jpg   Estamos acostumados a ver Fernanda Torres no teatro, televisão, atuando em novelas e comédias como "Tapas e Beijos", admito que fiquei com receio de ler esse livro, duvidando do talento da atriz como escritora, mas estava enganado, porque Fim me arrancou boas risadas. São poucos livros que me fazem rir alto, mas é impossível não rir com esses "velhos", como a própria autora costuma chamá-los. Então, o livro conta a história de cinco amigos, Álvaro, que vive sozinho, passa o tempo de médico em médico e não suporta a ex-mulher. Sílvio é um junkie que não larga os excessos de droga e sexo nem na velhice. Ribeiro é um rato de praia atlético que ganhou sobrevida sexual com o Viagra. Neto é o careta da turma, marido fiel até os últimos dias. E Ciro, o Don Juan invejado por todos - mas o primeiro a morrer, abatido por um câncer. A visão desses amigos em relação às situações cotidianas e a vida em geral são hilárias, incríveis, tem um capítulo, o do Álvaro se não me engano, que mostra uma mulher, que pega o marido na cama com outra e enquanto ela faz um barraco no local, ele pega o elevador, chama um táxi, vai para casa, toma banho, veste um pijama e senta em frente à televisão, quando ela chega em casa, ele fingi que não sabe de nada ... Uma semana depois ela vai parar em um sanatório.

     Tem um momento no livro, em que a leitura se torna um pouco cansativa, repetitiva, por se tratar dos mesmos personagens seguindo a mesma linha ... morte, enterro, "luto" dos amigos e famíliares.
     Muitos amigos me perguntaram se era um livro triste, porque o título é Fim e tal, mas não é, muito pelo contrário ... Porque eles não encaram a morte como algo ruim, inclusive as cenas em que eles morrem, na minha opinião, são triste, mas hilárias ... entendeu ? Não ? Enfim ...
      Esse livro foi uma das minhas leituras de Junho e como tinha muita gente pedindo a resenha dele para saber a minha opinião, decidi fazê-la ... Não posso esquecer de falar dessa capa incrível com um orelha enorme, eu amei, a capa, desse livro, é muito bonitinha.


“Eu nunca encarei a morte como uma possibilidade. Não que fosse apegado a nada de especial na vida, mas é que a morte não existe. A morte é uma doença crônica.”

“Toda amizade masculina carrega um quê de veadagem. Comer as mesmas mulheres não deixa de ser um jeito de se comer entre si. No mesmo ambiente, então, é um passo.”

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